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segunda-feira, novembro 28, 2022

Reflexões Atuais

 O que você pensa sobre isso?


Pensamos porque cultivamos muitas coisas dentro de nós.Porque somos pensadores e precisamos retribuir ao universo com as respostas que ele precisa para continuar sua evolução. Somos humanos e vivemos em constantes metamorfoses, somos falíveis e por isso sempre precisamos retornar para consertar alguma coisa que lá atrás não ficou bom. 

Isso tudo porque a cada um de nós foi dado o dom e a virtude para reparar nossos erros e, se para fazer isso precisamos refletir sobre alguma coisa e se fazemos questão de lapidar algo que ainda não ficou tão bonito, é porque somos capazes de ignorar as nossas fragilidades e começar tudo de novo.

Neste livro estou falando de amor, saudade, sonhos e utopias e também de Jesus Cristo para que você quem sabe, possa se reencontrar em algum dos meus pensamentos e voltar a algum momento para colorir a vida com outras cores.

Afinal viver é isso: “Usar a imaginação e nunca deixar desbotar aquilo que um dia idealizamos.”
Aos pensadores

Que gostam de refletir sobre o amor a vida e a saudade construindo um leque de opiniões e que desafiam o medo para dizerem alguma coisa quando se permitem pular para outro lado do muro onde os pensamentos voam como as gaivotas livres,o pulo do pensador é um convite.


Nesta coletânea é oferecido a você caro leitor uma coleção de pensamentos livres sobre o amor,a saudade,lições e utopias sobre temas do nosso cotidiano e algumas definição do que seja Jesus Cristo para cada um de nós.



O pulo do pensador está ao alcance de todos aqueles que gostam de compartilhar ideias e pensamentos nas redes sociais sem nenhuma imposição do autor.



Poesias para Encenação

 Um coração a tecer grandes cenários


Da fértil imaginação ao sorriso que se acentua diante de imagens surreais esta antologia poética se destaca no universo dos contadores de belas histórias. Pois a vontade de dizer tantas coisas através da poesia imaginada ou vivida revela neste livro os traços de um idealista que acredita na beleza do amor cujas fotografias surgem de momentos inebriados que vão do começo ao fim.

Nesta antologia de formas variadas a poesia se apresenta como senhora de dom venerado pronta para traduzir sentimentos, tecer homenagens e também ser discutida por grandes atores que gostam de enriquecer suas atuações com palavras que causem impacto em seus espectadores.


Um cenário de muitas histórias

Quem nunca esteve em algum cais em determinados momentos de sua vida não vai me entender, porém quem gosta de cultivar suas lembranças vividas em algum lugar do coração certamente há de se identificar com este livro cujo emaranhado de coisas remetem a instantes tão sublimes de graça e beleza, lapidados com instintos humanos. 

A magia deste cenário criado em diversas páginas mescladas com imagens, pensamentos e poesias revelam simplesmente um coração que ancorado em diversos cais e portos se tornou prisioneiro da mais fidedigna inspiração de belíssimos momentos que o autor com muito zelo transportou para o papel.

Um cenário de vidas bem interpretadas

Aqui leitura e eloquência se acasalam em um espaço especial para dar ao leitor a oportunidade de declamar histórias em tom de encenação como se estivesse em um grande palco iluminado e diante de uma enorme plateia a aplaudir cenas que se assemelham ou retratam as suas vidas.

E dentro desse ambiente lúdico que mistura sentimentos, histórias e cenas há também um pequeno universo em homenagem a algumas mulheres que mesmo sem a presunção de posar para um artista serviram de singela inspiração ao autor que com muita simplicidade descreveu suas vidas em verso e prosa.

E preciso mergulhar nesse universo de fantasias onde o personagem principal de cada verso ou cada história poderá ser você.



Com 137 páginas "Segredos inspirados no cais está disponível em nossa vitrine nas versões digital e impressa.

domingo, agosto 06, 2017

Amoras chilenas onde encontrar ?

Pesquisando sobre "amoras chilenas" me deparei com um conto muito divertido que aconteceu em uma famosa feira de uma das cidades da baixada fluminense.Um caso de amor a primeira vista entre um feirante português e uma senhora muito simpática que é a cara da Jojo Todynho.

A história é tão divertida que me prendeu a atenção me fazendo até esquecer minha pesquisa sobre onde encontrar amoras chilenas.Amoras chilenas onde encontrar?Elas existem mesmo ou é apenas fruto da imaginação?

"Amor a primeira vista" faz parte do livro de contos ternura coração e fotografias.vale a pena conferir:

Ternura Coração e Fotografias

Nesta coletânea dedicada integralmente à obra do escritor e dramaturgo Brasileiro Tony Caroll, o amor aparece em todas as suas nuances através de contos impregnados de profundo sentimento e lirismo. Cada um dos contos aqui apresentados é uma pequena declaração de amor, ora impregnada de alegria, ora de melancolia, “mas sempre com grande habilidade em pintar imagens e sentimentos através de palavras e fatos que imitam a vida de cada de nós.

Ternura coração e fotografias reúne cinco contos de ficção onde verdadeiras declarações de amor surgem em um ambiente de paisagens como se fossem pintadas a mão. E nesse cenário lúdico onde imaginação e realidade se encontram, nascem lindas histórias entre personagens criados com riqueza de detalhes cujos sentimentos parecem evaporar imitando a vida ao abordar temas bem atuais de forma muito natural.  

Os contos apresentados nesta coletânea são inspirados em fatos reais onde as reflexões da vida se assemelham a crônicas sobre temas observados, vividos e trabalhados com a livre expressão de ideias sobre determinados assuntos.

segunda-feira, julho 17, 2017

Como se vestir no inverno e torna-lo tão cheio de amor ?

Como se vestir no inverno e torna-lo tão cheio de amor quando o sonho de reviver esse grande amor persiste dentro do coração inspirando a alma a escrever mais uma página dessa linda história cujo você é o autor. Não! Você não precisa trocar de parceiro(a) para reviver aqueles lindos momentos que um dia lhe fizeram tão feliz. 

O importante agora é ignorar as rusgas e abandonar o preconceito que lhe faz perceber que com o tempo muita coisa mudou no corpo do seu amado e não esquecer que foi essa mesma pessoa bonita e maravilhosa que ainda está ao seu lado que um dia você mesmo escolheu para viver toda essa trama de amor... 

E quantos foram os instantes que de tão intensos se tornaram os momentos mais bonitos de sua vida onde talvez nunca tenham existido grandes plateias, mas os aplausos vieram do fundo de dois corações tão apaixonados e entrelaçados desse amor impossível de ser apagado por qualquer intempérie. 

Então vista novamente desse amor e protagonize mais uma vez cada instante dessa linda história.
Inverno cheio de amor é um convite a todos os apaixonados que tem impregnado na alma o desejo de amar. Então porque não despertar esse amor e aquecer o coração? Acenda a lareira e deixe incidir a luz na penumbra da sala enquanto os lábios sedentos de desejos sussurram versos de amor que ardem durante o fôlego febril das ardentes paixões. 
Aproveite o coração aquecido pelo amor, o brilho intenso dos olhos, os lábios molhados de desejo e os corpos envolvidos a perambularem no silêncio e faça-os bailar ardentemente ao som da melodia mágica que brota sutilmente do silêncio enquanto desejos evaporam suando corpos e eternizando instantes de volúpia inventando lindos momentos que deixarão o clímax final sempre para depois, um depois que jamais existirá enquanto corpos estiverem entrelaçados na busca infinita do desejo.

Disponível nos formatos: Impresso e digital.

domingo, fevereiro 09, 2014

Um jardim de inverno criado por Zélia Gattai

Para quem conheceu a obra de Zélia Gattai apenas por meio da rede globo quando fez a adaptação de "anarquistas graças a Deus" e gostou,dou a sugestão para que conheçam outras através de leitura,em especial Jardim de invernoA qual conta cinco anos de uma história magnífica vivida no exílio e escrita com total maestria por alguém que sabia cativar ao escrever.Estou me referindo a ela,a própria Zélia,que não fora simplesmente a esposa de Jorge Amado,mas também uma grande escritora brasileira.Uma mulher cheia de glamour que sabia escrever com humildade,de forma sublime e tão cheia de graça onde também era sempre personagem. 



Na obra de Zélia nota-se o zelo em cada detalhe,onde os pormenores são tratados de forma tão grandiosa,e saltam cheios de encanto diante dos nossos olhos,tornando a leitura de jardim de inverno muito prazerosa.A riqueza desta obra completa-se pelos seus personagens,os quais não foram criados pela brilhante escritora,mas sim conviveram com ela o dia a dia,onde Zélia com muita propriedade conseguiu absorver e traduzir as nuances de cada um de forma muito louvável.O elegante em Zélia Gattai é que além de contar tantas coisas,ela nos faz também conhecer parte da história do Brasil e do mundo através de uma auto biografia tão bem escrita e tão cheia de fascínio.Tenho conhecimento de que duas de suas obras já foram adaptadas para o teatro em Viçosa Mg e isso é uma ideia para os grupos de teatro que buscam boas histórias para encenar.E a adaptação de jardim de inverno nos  palcos nunca será prejuízo para os diretores mais ousados que não hesitam em arriscar coisas novas.

sábado, fevereiro 08, 2014

Vivendo amando e Aprendendo com Léo Buscaglia


Vivendo e aprendendo é um belo convite a uma viagem que nos levará a algum lugar mágico e cheio de vida e porque não dizer ao paraíso? Pois se nos falta algum  motivo para transformar as nossas trevas em luz  é porque ainda não conhecemos o algo mais importante que temos dentro de nós e vivendo e aprendendo nos apresenta a formula para a felicidade de um jeito tão simplório onde a receita é a compreensão do que realmente somos.Vamos vivendo e nunca aprendendo que existe um algo mais dentro de nós capaz de nos transportar a uma vida plena e feliz.Porque talvez o nosso erro maior é que estamos sempre vivendo porém nunca amando e aprendendo.


Muitas das vezes nos deixamos levar pelo entusiasmo das grandes paixões;sofremos , choramos e nos entregamos a diversas formas de amar porém nunca questionamos se o que estamos vivendo realmente é amor e é sempre por isso que na maioria das vezes enveredamos por tramas tão perigosas que são verdadeiras ciladas que nos levam a criar na alma,feridas que jamais cicatrizam.Temos o privilégio de carregar dentro de nós uma pérola que é o coração mas nem sempre sabemos cultivar dentro dele o que carregamos de mais precioso.Nos comportamos como leigos pois mesmo tendo a ferramenta principal para criar e viver em um universo de sonhos nunca sabemos como usar essa ferramenta e nos atiramos por conta própria em tantos precipícios.

Vivendo Amando e Aprendendo é um conjunto de experiências que pode resultar em grandes milagres pois a força das palavras nos leva a uma grande reflexão do que realmente é o amor. Um livro que nos leva a compreender a sua essência em toda a sua plenitude  tratando esse sentimento tão rico e tão eficaz com muita leveza  em seus diversos aspectos tornando o amor uma lição diária para todos nós que buscamos um balsamo para a vida.O mais enriquecedor em vivendo,amando e aprendendo é que o seu autor não prega uma religião ou caminhos alternativos para se encontrar a felicidade e sim nos leva a conhecer o dom que temos em nós para alcançar isso.Nesse livro,Léo Buscaglia nos ensina tantas coisas como também  nos inspira a plantar sementes preciosas em nossos corações e no dos outros e a cuidar dessas sementes com aquilo que de melhor temos.O adubo mais importante para que essas sementes possam germinar dentro de nós é simplesmente a fertilidade do coração diante de cada parágrafo que em seus ricos detalhes,nos mostra a sabedoria plena que podemos compartilhar uns com os outros.É quase impossível,ler esse livro e não se sentir impulsionado a falar , viver , compartilhar e esboçar esse amor ou hesitar todas as vezes em que um outro sentimento adverso tentar absorver e assaltar aquilo que de melhor temos.

“Estou sentindo um prazer imenso de ser apresentado por alguém que sabe pronunciar o meu nome”.

Este livro é algo  que convida a todo leitor a não olhar apenas o exterior e sim,  enxergar a vida com os olhos perfeitos que toda alma tem.E se Vivendo Amando e Aprendendo encerra-se nos convidando a assumir nossas responsabilidades como seres humanos, começa de uma forma muito sublime quando nos impulsiona a amar realmente aquilo que somos e a gostar daqueles que ao menos, sabem pronunciar o nosso nome.Isso é magnífico.O autor acredita fervorosamente que somos muito mais do que imaginamos ser, e que o amor é a maior experiência da vida. Seus livros são temperados com calor, energia e assombro, diante da maravilha que é viver. Um coração generoso, que parecia ufanar-se de sua humanidade e das fraquezas, imperfeições e comédias que significam ser humano. Prepare-se para embarcar numa linda aventura e aprenda como desfrutar diariamente esse banquete que é a vida.

Adquira este livro na Saraiva

quarta-feira, fevereiro 05, 2014

Um rei leão que me carregou no colo

Hoje quero agradecer a Deus por não ser um milionário pois se o fosse talvez não tivesse cultivado dentro de mim o dom da gratidão o qual procuro regar todos os dias e cultivar em terra fértil para que ele nunca venha morrer.Se eu fosse um milionário talvez também nunca dependesse dos outros e sim seria um escravo do dinheiro pronto a comprar pessoas e pagar por todos os seus serviços.Mas graças a Deus "eu não sou milionário"mas tenho plantado dentro de mim o que nenhum dinheiro  do mundo pode pagar pois o seu preço é o amor.E é isso que não me deixa ser um pobre milionário arrogante que despreza os mais nobres gestos de carinho e faz da amizade apenas um jogo de interesses.Hoje estou milionário não pelo dinheiro que não tenho e sim pelos amigos que possuo a maior riqueza uma dádiva de Deus!


bre

Mas o que tem o leão com tudo isso?O leão que me carregou no colo carrega também dentro de si um precioso ser humano,um amigo que amo e uma alma que está sempre a serviço de Deus.Este é André Almeida Aquele que um dia me escolheu para fazer parte de um grêmio estudantil.Aquele que um dia acreditou no meu sonho e junto comigo seguiu estrada afora garimpando aplausos,comendo pão com mortadela e subindo nos palcos para apresentar seu personagem.Mas qual era mesmo o seu personagem?Um rei leão criado por mim  e inventado da forma mais inusitada que existe.Um rei leão que sorria,chorava,compreendia,gritava,gostava de festas,adorava se alimentar de mel,era casado com uma simples abelha e sobretudo amava...A  minha ideia principal ao criar esse rei leão era simplesmente mostrar o quanto era difícil conviver com as diferenças mas também apontar para uma fresta na porta do coração onde estava o segredo de que isso seria possível.E o que mais me surpreendeu nessa história foi a brilhante interpretação de André que esqueceu o corpo para mostrar a alma que residia dentro do rei leão.Naquele momento eu vi e aplaudi o rei da floresta a exibir  traços tão humanos.

teatro meu

Passaram-se tantos anos e o rei da floresta não envelheceu pois sentimentos de amor nunca envelhecem quando a alma olha por aquela fresta do coração e se dispõe a estender a mão a um amigo.Ah se eu fosse um milionário!Talvez não tivesse me deixado envolver tanto pela gratidão e o gesto de carinho que me envolveu naquela manhã do dia dois de janeiro de dois mil e treze quando eu estava lá no hospital do Andaraí.Eu havia passado por uma cirurgia no joelho resultado de uma queda que me quebrou a patela.Há algumas horas havia recebido alta e precisava de alguém que me levasse para casa.Fiquei meio atônito quando vi um companheiro de quarto tão desiludido,sem poder ir embora sozinho e sem ter ninguém que viesse lhe buscar.Mas eis que em meio a toda aquela aflição e ansiedade olhei para a porta da enfermaria e novamente avistei o rei leão que mais uma vez em minha vida entrava em cena para brilhar!Naquele momento eu não podia dirigir as próximas cenas e nem o aplaudir,apenas me colocar a disposição dele e deixar que cuidasse de mim.E naquele momento como em tantos outros em minha vida André Almeida foi um mestre na arte de interpretar a verdadeira amizade quando me conduziu naquela cadeira de rodas até a rua,foi buscar o carro e sem quebrar a cena em nenhum instante me conduziu até a minha casa em Nova Iguaçu.


A minha casa estava diante de mim e eu diante dela sentindo um misto de alegria e dor.A alegria de estar novamente de volta após aqueles cinco dias de agonia e saudade e a dor insistente que não me permitia entrar no meu universo.Foi então nesse momento que a alma valente do rei da floresta se agigantou dentro dele para a grande cena que daria o desfecho a mais uma história e arrancar milhares de aplausos do meu coração.Um rei leão me carregou no colo e me colocou assentado no sofá.Depois fechou os olhos e orou a Deus enquanto eu por um instante esqueci a dor, me despi de mim mesmo e deixei que as lágrimas inundassem o meu rosto.Eram lágrimas de gratidão por não ser um milionário mas possuir amigos "A minha maior riqueza."

Tony Caroll.

sábado, julho 20, 2013

Uma entrevista emocionante feita por Daniel Silveira.

Um dia desses me surpreendi com uma mensagem que dizia mais ou menos assim: Tony preciso fazer um trabalho na escola e escolhi você.Esse trabalho se resume numa entrevista será que você pode me ajudar?A seguir umas perguntas e o coração de Daniel que ficou ansioso pela minha resposta.Soube depois que ele vibrou quando eu lhe disse sim com o meu coração repleto de gratidão.Mas afinal quem era Daniel Silveira?Um menino de doze anos que na sua ansiedade de elaborar um bom trabalho escolar saiu garimpando na internet alguma coisa que pudesse satisfazer a sua curiosidade sobre a vida de um escritor.Nossa!Ele podia ter escolhido alguém de renome como Paulo Coelho,mas fora uma postagem sobre a minha infância que o deixara impregnado de alguma coisa que ele queria entender e talvez desvendar.Carinhosamente respondi as suas perguntas e ele após organizar o seu trabalho fez questão de me enviar uma cópia.Agradeci a tão sutil homenagem de Daniel e depois emudeci mergulhado nas minhas emoções e envolvido com outra pergunta que o presente não pode me responder.Será que estou diante de um grande jornalista?Desses ícones que de forma sábia , sublime e surpreendente constroem grandes histórias?Não sei,o que sei é que Daniel Silveira inundou o meu coração de um sentimento bonito colorido de esperança e me fez ter certeza de uma coisa: O futuro de crianças tão dóceis como ele depende nós.

Daniel Silveira entrevista
 Uma biblioteca feita de pedra e barro molhado



Antonio Carolino Bezerra Nasceu na cidade de Nilópolis RJ. Na infância começou a escrever pequenos versos onde o sonho de ser escritor começou.Era muito tímido e sempre um aluno comportado em sala de aula e muito observado pelos professores que ao final de cada ano lhe presenteavam com livros e enciclopédias , por isso até passou a gostar da leitura. Sempre admirado pelos colegas e amigo de todos, era considerado muito inteligente e isso às vezes o incomodava. Tentando dar asas a sua imaginação, um dia com a ajuda do irmão que mais tarde se tornou pedreiro profissional, construiu uma casinha de pedras e barro molhado e dentro dela acomodou todos os seus livros e gibis; e todos os dias a visitava onde ficava horas lendo histórias naquele lugar que chamava de sua biblioteca. Entre os seus livros preferidos estava a cartilha pompom meu gatinho” de Thereza Neves da Fonseca. Livro esse que lhe fez apaixonar-se pela leitura e imaginar-se personagem de algumas histórias. E entre suas histórias preferidas estava uma em que uma senhora de nome Rita, apavorada subia numa cadeira com medo de uma barata. E os personagens que marcaram a sua infância não podiam deixar de ser, Olavo, Moema e Diva os quais apresentavam toda cartilha.


Daniel — Qual o seu nome completo?

Tony Caroll — Antonio Carolino Bezerra

Daniel — O seu nome Artístico?

Tony Caroll —Tony Caroll - Esse não é bem um nome artístico e sim um pseudônimo. Acho que nome artístico se dá mais para artistas de tv e eu não me considero assim pois escrevo apenas para o teatro.

Daniel — Como surgiu esse pseudônimo?

Tony Caroll — Esse nome surgiu de súbito lá pelo fim da década de noventa quando o líder de uma cooperativa de arte em que eu fazia parte me perguntou como seria meu pseudônimo e eu então meio atrapalhado e tendo que dar a resposta de imediato, cortei o meu nome e sobrenome pelo meio e então ficou assim: Tony de Antonio e Carol de Carolino.Mais tarde um amigo meu e editor(Roberto Carelli) acrescentou mais um L e ficou:Tony Caroll.

Daniel — O que te estimulou a fazer essas obras?

Tony CarollO que me estimulou e estimula é sempre o ser humano. Sou apaixonado por seres humanos, pois acho que essa foi a maior obra que Deus criou. É claro que o diabo tenta estragá-la colocando dentro desses humanos sentimentos muito ruins. Mas na sua essência o ser humano é lindo. Também gosto muito de flores e borboletas e, com isso procuro enfeitar o nosso universo.

Daniel — Em que você se inspira?

Tony Caroll — Tudo me traz inspiração; Um pardal se protegendo do frio embaixo do beiral de um telhado, uma lágrima de alguém, uma palavra qualquer e etc. Mas a minha maior inspiração vem mesmo de pessoas que observo, transformo em personagem e crio um universo e uma história para ela. Costumo dizer que meus personagens existem e quando não os conheço um dia os encontro pela rua e digo para mim mesmo: Esse é aquele personagem que um dia escrevi.

Daniel — Com quantos anos você começou a escrever?

Tony Caroll — Eu tinha uns sete anos quando fiz uma música cheia de rimas para uma menina que eu amava muito. Algo sem pé nem cabeça. Um dia essa menina foi embora e então que cheio de tristeza, comecei a escrever versos para ela e construir histórias para não morrer de saudade.

Daniel — A sua família o ajudou a chegar até aqui?

Tony Caroll — Sim, de uma forma ou de outra a família sempre ajuda.

Daniel — Até hoje qual foi a obra que você mais gostou?

Tony Caroll — Essa é uma pergunta difícil de responder, pois todas são muito importantes; mas a que considero a mais bem escrita é a peça "De corpo, alma e coração" que relata todo flagelo do ser humano. No entanto a que mais gosto é "Casa Velha” a segunda peça que escrevi, não sei o porquê, mas talvez porque naquele momento nutria um sentimento de amor muito verdadeiro por alguém e acho que coloquei tudo isso no papel.

Daniel — Você tem algum livro publicado? Se tiver fale o nome.

Tony Caroll Sim, "Amor Minha Última palavra" Um livro de poesias publicado pela editora radar que esgotou logo. Depois a editora passou a trabalhar apenas com espetáculos teatrais e não seguiu com publicações. Ao longo do tempo escrevi muito para teatro e textos teatrais são apresentados ao público através de atores e não muito publicados. Mas vêm novidades por aí.

Daniel — E qual é o estilo da sua obra?

Tony Caroll — Escrevo romances, teatros evangélicos ou não, poesia, contos, um pouco de cada coisa.

Daniel — A quem você dedicaria a sua obra?

Tony Caroll — Sempre que escrevo algo novo, dedico a alguém que tenha me inspirado criar algum novo personagem. Mas também se existe alguém que merece tamanha dedicação são aquelas pessoas que um dia fizeram parte de um momento importante em nossa vida e eu ainda me recordo muito Adriana Pimentel a minha primeira leitora que tanto me incentivou no início quando vibrava e discutia comigo tudo aquilo que eu escrevia. Essa não merece só uma obra dedicada, mas também um troféu.

Daniel — Você quer deixar aqui algum recado?

Tony Caroll — Daniel que prazer enorme ter sido escolhido por você para essa entrevista. Fico muito feliz em que tenha interesse na minha biografia e lhe agradeço muito por isso.


Para Daniel Silveira a minha gratidão em forma de música.


Defesa

Você em odeia por te amar
Me repugna por te querer
Fica ao avesso
Enquanto só eu pago o preço
Que é ter que te esperar
Esperar que você ao menos dê um grito
Que espante esse teu medo de amar
Pois enquanto te amo,me odeias
Enquanto me odeias,te amo
E possuído por este amor que guardo no peito
Reclamo:
Ah como eu quería que tu me amasses
Porque antes que tu chegasses
Já te quería embora estivesse mudo
E já te pedia: Me ame apesar de tudo.

Poema feito por Tony Caroll

domingo, abril 21, 2013

Dulcelina.Um Anjo Bom Numa Casa Velha


Terceira Página
Eu estava meio que arrependido e sentindo um certo remorso por no auge de minha inspiração ter transformado a doce Dulcelina naquela víbora de amor de pecado e precisava me redimir da violência que tinha cometido com alguém que na verdade era mesmo dócil, meiga, sublime e que em nenhum momento caía em contradição revelando um outro lado.A verdadeira Dulcelina era aquela mesma tão frágil,tão pura,tão rica de nobres sentimentos e não merecia ser imaginada de uma outra forma.Precisava ser
 mostrada em seu original e de forma muito natural.
Dulcelina Saudade

Dulcelina já era uma imagem muito presente nas páginas de minha literatura e que gerava certos conflitos dentro de mim na minha  infinita busca pela sua essência.
Eu precisava escrever mais sobre ela talvez para me redimir ou quem sabe por ter descoberto naquele emaranhado de sentimentos mais alguma coisa que queria aflorar.Por uma ou outra razão só havia uma forma de fazê-lo:Escrever uma outra história.
E assim nasceu Raquel de casa velha uma moça frágil , inocente e tão pura de sentimentos que vivia isolada do resto do mundo em um recanto qualquer escrevendo.Era uma vida muito solitária que sabia transformar a sua solidão nos sonhos de encontrar um grande amor.Raquel na verdade era uma escritora que vivia no anonimato e escrevia a sua própria história.Um folhetim tão lindo e encantador,algo que tratava a saudade de forma tão nobre e tão bonita e enobrecia  o amor puro e verdadeiro de uma moça livre e sonhadora por um rapaz tão puro e romântico aprisionado por um pecado.
Eu me sentia muito feliz pois pelas mãos de Raquel havia devolvido a Dulcelina a sua verdadeira essência e com isso me sentia perdoado por tê-la imaginado de uma outra forma.É claro que tudo isso era apenas considerações que esculpia Dulcelina nas páginas de minha literatura.Mesmo assim ao concluir mais essa história me senti um tanto frustrado pois pela primeira vez eu matava dois personagens que amava tanto dando a eles a possibilidade de serem felizes para sempre numa outra dimensão.Enquanto aqui eu ficava a sentir saudades.

Tony Caroll.

Em referência ao texto “Casa Velha”.

quinta-feira, abril 18, 2013

Dulcelina Faquiere;tão bonita e tão perversa.

Segunda página
E se as nossas tardes de domingo eram tão prazeirosas e cheias de encanto, além de ensinar teatro eu fazia questão de também compartilhar com todos tudo o que produzia.Afinal eram eles que me davam incentivo e faziam o meu coração criar asas para voar no universo da imaginação.E em uma daquelas tardes  quando todos nós estavamos assentados ali no chão em círculo para mais uma aula, me enchi de satisfação para apresentar ao grupo um novo texto que havia acabado de escrever  e que tinha como fundo um amor proibido entre duas pessoas do mesmo sexo e de classes sociais tão diferentes;um amor bem verdadeiro porém  tão perseguido e violentado pela paixão perversa de uma mulher preconceituosa muito prepotente,fria e calculista e sem limites quando o assunto era ela mesma e o seu prazer alimentar o  próprio egoísmo.E essa mulher chamava-se Dulcelina Faquiere.


Dulcelina Faquiere


Sim,novamente eu havia me inspirado em Dulcelina para escrever um novo texto e desta vez não hesitado em revelar o nome e lhe atribuir um sobrenome.E apesar do medo de apresentar tudo o que estava naquelas páginas escritas à maquina; e sem rédeas nos diálogos que mostravam uma mulher muito perversa, o importante fora a minha coragem em mostrar a própria Dulcelina que estava ali entre nós,uma outra mulher que pensando nela eu havia imaginado.
Todos em silêncio e aterrorizados mas ao mesmo tempo ansiosos pelo desenrolar daquela trama tão mirabolante e cheia de surpresas enquanto eu, com tanto entusiamo ia lendo e enfatizando cada detalhe das ações e reações daqueles três personagens que então se resumiam naquele monólogo fresquinho intitulado “Amor de Pecado”.
Na verdade ler e apresentar Dulcelina para o grupo me dava um prazer imenso pois desta vez talvez imbuído pela coragem de dizer que Dulcelina não era tão somente como aquela abelha muito dócil e dedicada ao esposo e aos amigos da floresta, eu não havia feito nenhuma cerimônia em transformá-la naquele anjo mal.Afinal Dulcelina tería que ter um lado mais agressivo e arrogante.Ela tinha que ser alguém não tão submissa e tão frágil e isso ficou muito claro em suas atitudes e sobretudo  no desfecho de toda trama quando ela alucinada  e possuida por uma coragem tão surpreendente , no soar de uma última frase desfechou sobre o protagonista o seu  golpe fatal destruindo a sua vaidade masculina e arrancando-lhe todas as chances de viver ao lado do seu grande amor.
Dulcelina Faquiere foi a personagem mais crueu que consegui escrever até hoje inspirado na verdadeira Dulcelina.Uma personagem que nasceu de minha busca infinita pelo desconhecido.

Tony Caroll.

Em referência ao monólogo Amor de Pecado.

quarta-feira, abril 17, 2013

Dulcelina…Quantas são?

Primeira Página.
É dificil revisar todas as obras que escrevi ao longo do tempo e em algumas delas não me deparar com Dulcelina pois devo confessar que de uma forma ou de outra ela sempre está em algum lugar de meus textos escritos despontando como personagens que diferenciam-se umas da outras mas que na verdade é sempre ela Dulcelina; amiga,companheira, tão amável e carinhosa,mulher sábia,conselheira.Boa esposa,boa mãe e que lá no início  não sei o porque tornou-se minha fonte de inspiração.

Dulcelina original


O jeito dócil e tranquilo de ser,a meiguice tão presente nas palavras,a forma sublime de dar opiniões e a magia bem sutil de aconselhar sem ferir me deixava um tanto absorto e fazia-me entregar a certas reflexões.Era década de noventa e as nossas tardes de domingo se enchiam de sonhos e fantasias quando nosso grupo de teatro se reunia como uma linda família para sonhar e ensaiar o primeiro texto de minha autoria.Algo que nascera de minhas reflexões quanto ao amor que unia André e Dulcelina.Os dois formavam um bonito casal mas o que me inquietava era um certo contraste que “acho” só eu podia perceber.André era tão forte e tão decidido e Dulcelina tão meiga e tão compeensiva.E assim nasceu um leão tão apaixonado com um coração muito humano e cheio de sentimentos por uma abelha.O engraçado é que por muitas das vezes me deparei com a mesma pergunta que se tornou publicidade da peça e que até hoje me faço:Você já viu um leão casado com uma abelha?E essa abelha foi inspirada na tão dedicada Dulcelina para ensinar ao mundo  de forma bem sutil a conviver com as diferenças.

Tony Caroll.

Em referência ao texto "O rato que roeu a roupa do rei risonho".

domingo, janeiro 27, 2013

O amor de Emilia e a sua escola particular


Talvez o melhor momento para ensinar a alguém que amamos muito seja aquele em que a vida deixa alguma cicatriz pois é diante de certas feridas que temos a grande oportunidade para mostrar o caminho certo a quem  por qualquer fatalidade tenha perdido o seu destino.A boa palavra e certas lições precisam do instante certo onde você se faz professor e sobretudo amigo para desenhar um novo horizonte tão cheio de vida e valores.E nessa linda fábula de Monteiro Lobato Emília estabelece a sua escola particular e mesmo com seu jeito inocente ensina para o anjo as coisas do seu mundo com doses de sabedoria e muito amor.



O anjinho de asa quebrada

Ninguém descreve o rebuliço que houve na casa. A vida parou. Os pintos ficaram sem quirera. A vaca mocha ficou sem palhas. O feijão queimou na panela. Ninguém queria saber havia razão para isso, porque jamais descera ao mundo uma criatura tão mimosa. É até difícil dar ideia da grandeza daquela florzinha das alturas. Muito louros cabelos cacheados, olhos azuis, asas mais brancas que as do cisne. Como era lindo!Infelizmente uma das asas se partira no ossinho do encontro, o que o impedia de voar. Infelizmente, para ele; para nós foi felizmente. Se não fosse o quebramento da asa, Emilia não o pegaria e nós não teríamos o gosto de conhecer em pessoa aquele mimo dos céus. Uma criatura do céu não pode saber nada das coisas da terra, de modo que o anjinho se mostrou duma ignorância absoluta de tudo quanto aqui por baixo à gente sabe até de cor. Teve de ir aprendendo com Emilia, a professora. —“Árvore, sabe o que é”? —perguntava ela. E como o anjinho arregalasse os olhos azuis esperando a explicação, Emilia vinha logo com uma das suas. — “Árvore, dizia: É uma pessoa que não fala; vive sempre de pé no mesmo ponto; que, em vez de braços, tem galhos; que em vez de unhas, tem folhas; que, em vez de andar falando da vida alheia e se implicando com a gente (com os tais astrônomos),dão flores e frutas.Uma dão pitangas vermelhas;outras dão laranjas doces ou azedas,e é destas que tia Nastácia faz doces;outras como aquela enorme ali (as lições eram sempre no pomar) dão umas bolinhas pretas chamadas jabuticabas.Vamos,repita:ja-bu-ti-ca-ba…”O anjinho atrapalhava-se e repetia errado: jatibucaba…fazendo Emilia rolar de rir.As perguntas do anjinho eram sempre duma infinita ingenuidade.—“Mas por que essas tais árvores nunca saem do mesmo lugar”?—“Porque têm raízes; explicava a Emilia. Raiz é o nome das pernas tortas que elas enfiam pela terra adentro. Bem que querem andar, as pobres árvores, mas não conseguem. Só saem do lugarzinho em que nascem quando surge o machado”. ”—” Que animal é esse?”—“ Machado é o mudador das árvores; muda a forma delas, fazendo que o tronco e os galhos fiquem curtinhos. Muda-lhes até o nome. Árvore machadada deixa de ser árvore. Passa a ser lenha. Le-nha;Repita.”—“É algum deus esse machado tão poderoso assim?Emilia ria-se, ria-se… —“Deus, nada burrinho! É antes um diabo malvadíssimo,mas diabo sem chifres,sem cauda,sem pés de cabras,sem cabeça,sem braços,sem nada. “Só tem corte e cabo…”—“Que é cabo?”—“Cabo é uma perna só por onde a gente segura. Faca tem cabo. Garfo tem cabo. Bule tem cabo (e bico também). Até os países tem cabo, como aquele famoso Cabo da boa Esperança que Vasco da Gama dobrou; ou aquele Cabo Roque, da guerra de Canudos, um que morreu e viveu de novo. Os exércitos também têm cabos. Tudo tem cabo, até os telegramas. Para mandar um telegrama daqui à Europa os homens usam o cabo submarino.” O anjinho ficava de boca aberta, sem entender coisa nenhuma —“Então o “submar” também tem cabo? ”—“Como não? E compridíssimos,que vão dum continente a outro.”—“É é por esses cabos que a gente pega no mar?”Emilia ria-se,ria-se.—“Oh!Disse ela ;você não imagina como é interessante a língua que falamos aqui!As palavras da nossa língua servem para indicar várias coisas diferentes,de modo que saem os maiores embrulhos.—“ Se é assim,por que eles não cortam a língua?”Emilia ria-se, ria-se”.

Monteiro Lobato.
Por Tony Caroll.