sexta-feira, dezembro 02, 2022
O triste voo de um beija-flor
A última tarde de inverno
Os mais diversos tons de Dulcelina
Ele que
não tivera tempo de se recompor, ainda nu estava ali sem imaginar que o seu
maior sonho estava prestes de se realizar.
Surpreso
e meio perdido com a evidência da luz e da música que parecia adentrar os seus
ouvidos e acalmar- lhe o coração, ele ainda tentando tapar o sexo com as duas
mãos olhou para a enigmática porta daquela mansão que já o havia decepcionado
tantas vezes e viu Dulcelina sair por ela vestida de noiva trazendo um buquê
nas mãos e sorrindo feito uma flor que acabara-se de desabrochar.
Mais uma
vez Almeida ficou extremamente decepcionado diante daquele rosto matreiro que
também não era o rosto de sua verdadeira Dulcelina e tomado por um súbito
sentimento de raiva não hesitou em perder a cabeça ali mesmo; arrancou o
relógio do pulso, tirou os sapatos dos pés atirando-os para longe e rasgando-se
todo foi se despindo até ficar totalmente nu diante daquela nova mulher ao
mesmo tempo em que dizia coisas sem nenhum sentido.
Depois de
alguns segundos, um tanto refeito de seu ataque de indignação, porém muito
desconsertado e tapando as partes intimas com as mãos aos gritos a interrogou:
—Quem é
você afinal?
Ela como
uma perfeita dama de uma grande cena olhou para a mansão como que obedecendo o
sinal de alguém e calmamente respondeu:
—Eu? Eu
sou apenas uma grande atriz que desaparece com o apagar das luzes.
Coincidência
ou não para ele, naquele momento subitamente todas as luzes se apagaram
deixando tudo na mais completa escuridão onde não se podia enxergar
absolutamente nada e Almeida completamente nu e desesperado ficou perdido no
meio daquele imenso jardim a chamar por Dulcelina.
—Dulcelina!
Dulcelina! Dulcelina!
Porém os
delírios de Almeida não duraram por muito tempo pois subitamente todas as luzes
se acenderam e com ela o som altíssimo de uma marcha nupcial.
Ele que
não tivera tempo de se recompor, ainda nu estava ali sem imaginar que o seu
maior sonho estava prestes de se realizar.
Surpreso
e meio perdido com a evidência da luz e da música que parecia adentrar os seus
ouvidos e acalmar-lhe o coração, ele ainda tentando tapar o sexo com as duas
mãos olhou para a enigmática porta daquela mansão que já o havia decepcionado
tantas vezes e viu Dulcelina sair por ela vestida de noiva trazendo um buquê
nas mãos e sorrindo feito uma flor que acabara-se de desabrochar.
Não
querendo acreditar no que via, ele ficou tão confuso que por um instante
esqueceu de esconder a sua nudez e ocupou as mãos para esfregar os olhos.
E como um
menino embevecido por um brinquedo qualquer permaneceu por alguns minutos
passeando pelo jardim e livre de qualquer constrangimento ficou a olhar as
estrelas do céu ao som da música que lentamente foi se calando até deixar todo
aquele cenário mágico no mais profundo silêncio.
Dulcelina
então extremamente linda e com aquela doçura imensa no falar, aproximou-se dele
e perguntou:
—Almeida,
você ainda não está pronto meu amor?
segunda-feira, novembro 28, 2022
Como conquistar o homem dos seus sonhos
Conquistar o homem dos seus sonhos é o desejo de toda mulher que se apaixona por aquele cara que ela acha deverá ser o seu grande amor para o resto da vida. Mas conquistar os homens dos seus sonhos tem lá os seus muitos segredos e isso só as mulheres bem determinadas sabem.
Sabem e
não contam para ninguém pois o medo de perder o homem dos seus sonhos para
aquela amiga super invejosa é um risco que elas não querem correr. Afinal se
para conquistar o homem dos seus sonhos vale qualquer sacrifício porque
entregar assim de bandeja o segredo?
Guardar o
segredo de um relacionamento tão duradouro e uma vida feliz foi a maneira que
Dulcelina encontrou para se fazer tão amada e construir uma das mais lindas
histórias de amor. Hoje em dia ela se orgulha disso e se emociona todas as
vezes em que alguém lhe pede a receita de tanta felicidade.
Uma boa
reflexão sobre a mulher moderna
De uma
história fictícia para a realidade, este livro apresenta boas sugestões para
que o leitor possa refletir sobre o papel da mulher nos dias atuais. Pois a
crítica que se faz em tom de brincadeira traz reflexões a aqueles que enxergam
uma mulher apenas como o seu objeto de prazer negando-lhes o direito de
brilharem muito mais dentro de uma sociedade tradicional. Por outro lado,
também evidencia a mulher forte e determinada que por nada abre mão dos seus
sonhos.
Nesse
folhetim cheio de fantasias talvez não existam mocinhas e nem vilões pois as
próprias situações criadas pela protagonista desta divertida trama se acentuam
como antagonistas apenas para serem vencidas pelos ideais de alguém que quer
vencer e ocupar o seu lugar.
Um
folhetim temperado com muito humor
Este
livro além dos diálogos temperados com boa dose de humor traz também uma
narrativa impecável e introduções muito criativas que dão ao leitor a
oportunidade de estar em cada página como personagem de muitas cenas.
Dulcelina
em diversos tons é uma bonita comédia romântica bem-humorada onde seus
personagens surgem a cada novo capítulo dispostos a lhe fazer dar muitas
gargalhadas e ao mesmo tempo uma mistura de muitas mulheres dentro de um
conjunto de infinitas qualidades.
A
protagonista dessa linda história de amor é uma mulher que surge nesse momento
em meio a tantas discussões sobre o universo feminino com a intenção de despertar
outras tantas mulheres e encorajá-las a abraçarem os seus sonhos e escrever uma
nova história.
Quando
sonhos e sentimentos se desafiam
Esta obra é uma mistura de sentimentos onde os sonhos de uma simples mulher lhe dão asas para voar em busca da realização profissional sem abrir mão do seu verdadeiro amor e um grande desafio para os homens que não acreditam ou nunca perderam um minuto em sua vida para avaliar o potencial de suas mulheres.
Esta é
uma história que deve ser mencionada como exemplo e incentivo nos mais diversos
círculos onde se busca a valorização da mulher que em nome de um sentimento
esquecem-se de si mesmas e continuam vivendo apenas por viver.
Flor de novembro
Flor de
Novembro
Engraçado...
As borboletas e os beija-flores sempre voltam ao primeiro amor com segundas
intenções e, uma tal de Georgina curiosa que bem não havia realizado a sua
metamorfose, saíra do casulo naquela manhã e com as asas tão enfraquecidas foi
buscar a flor de novembro ainda tão pequenina lá ás margens do córrego onde
estava germinando e, cansada do voo prematuro voltou ofegante ao casulo de
porta muito estreita e, por horas tentou adentrá-lo com a florzinha minúscula,
porém exausta deixou-a do lado de fora e foi descansar a frustração.
Enquanto
isso um tal de Wallace beija-flor tão desorientado sobrevoava ás margens do
córrego procurando flor de novembro que deixara apenas a terra revolvida ao ser
arrancada por Georgina Curiosa. Aquela manhã ...
O caçador de borboletas e sonhos
O caçador
de borboletas e sonhos
Hoje
descobri que o meu espelho usual está com algum defeito e lamento mostrar a ele
um pouco de minha ingratidão. Pois, ele que ao longo do tempo me fez o favor de
tão calado, refletir cada imagem que fora se transformando em diversas páginas
de minha vida; parece que guardou para si a minha infância e, escondeu em meio
a sua luz, aquele menino tão sonhador, que fazia dos matagais, o seu cenário; e
nele, interpretava o seu melhor papel; que era o de caçar borboletas, sem
nenhuma armadilha que não fossem as mãos e, sem nenhuma intenção em feri-las;
embora muitas das vezes, esmagando algumas delas e, experimentado o gosto amargo
do remorso que lhe fazia sentir o rosto queimar pelas lágrimas que lhe escorria
dos olhos; ali mesmo dentro do mato, escondido.
Caçava-as
por amor e admiração; sem mesmo se importar com o prenúncio de suas histórias.
Caçava-as inebriado pela beleza tão rara e singela, sem se importar com o
percurso ou o desfecho de suas histórias. Caçava-as porque as queria para si,
sem imaginar o quanto estava sendo egoísta. Caçava-as e mesmo sem querer
escrevia um triste “fim” em seus ciclos de vida; e mesmo assim, caçava-as.
E quando
findava o dia, e a imensa escuridão da noite não lhe permitia mais enxergá-las
dentro do mato, ele ainda as via dentro daquela televisão que era obra dele
mesmo; um aprendiz de carpinteiro, que aspirava ser eletricista, e queria
enfeitar a vida com beleza e poesia.
E a sua
televisão era apenas uma invenção artesanal; uma caixinha tão pequena feita com
sarrafos de madeira, cola, pedaço de plástico colorido e, que na sua sapiência
de menino sonhador, ganhava iluminação através de um furinho em uma de suas
laterais, o qual abrigava uma lâmpada tão minúscula que carregada por uma pilha
de rádio, a fazia ter o aspecto de algo que, na época estava tão aquém das
possibilidades de alguém que era apenas mais um, a sonhar com alguma coisa em
meio a tantas adversidades; uma delas, a falta de energia elétrica naquele
bairro tão esquecido lá no fim do mundo.
Hoje que
já sei que, as borboletas surgem de uma lagarta, desenvolvem-se dentro de um
pequeno casulo, batem as asas esforçando-as para fortalecê-las, e depois saem
para o primeiro voo que dá início a outros tantos, numa existência tão
simplória de apenas vinte e um dias, queria reencontrar aquele menino para
contar-lhe tudo isso; dizer-lhe que a história das míseras borboletas que
aprisionava em sua televisão feita de sonhos, tinha começo, meio e fim e que
por muitas das vezes era ele quem mutilava o sonho de vida de algumas delas
quando, embaixo do cobertor adormecia encantado olhando-as a se debaterem
suplicando liberdade.
Queria
reencontrar o menino, não para acusá-lo por sua atitude tão cruel, por impedir
que as borboletas vivessem seus vinte e um dias, e que por muitas das vezes ele
não as permitiu viver mais que um ou dois, pois nunca soube há quanto tempo
haviam se libertado do casulo e novamente as obrigava a machucar as asas,
dentro daquela invenção de carpinteiro.
Queria
reencontrá-lo, não para condená-lo por muitas das vezes ter acordado pela manhã
e encontrar uma delas tão imóvel dentro daquela caixinha com cheiro de fúnebre.
Queria
reencontrá-lo não para impedi-lo de novamente adentrar no matagal e caçar
quaisquer outras vítima que pudesse interpretar tamanha beleza para ele.
Queria
reencontrá-lo para, sobretudo lhe dizer que: As borboletas são tão frágeis como
ele, sensíveis como ele, e que elas, após a dor da metamorfose e a prisão do
casulo, simplesmente voavam, enquanto ele dava asas a sua imaginação.
Ah, se eu
pudesse encontrar aquele menino tão apaixonado pelas borboletas; que nunca
havia se dado conta de suas histórias...
Mas o
espelho o escondeu e, hoje me mostra apenas um rosto tão cheio de rugas,
envelhecido pelo tempo que passou tão devagar dentro daquela cela fria, onde o
mundo podia lhe ver através da televisão de verdade; enquanto ele, não podia
ver o mundo.
E o meu
espelho tão desinteressado se despede de mim, com a desculpa de que precisa
voltar ao tempo, e que isso requer muito sacrifício, pois, até reencontrar o
menino que ficou perdido no tempo e encantado pelas borboletas lá dentro do mato,
será preciso reviver muitas outras histórias que não valem a pena recordar...
Porém,
mesmo sem vê-lo, tenho a certeza que ele não fugiu do espelho, assim como
nenhuma daquelas míseras borboletas nunca fugiam da sua televisão.
terça-feira, outubro 16, 2012
V CLIPP Concurso Literário de Presidente Prudente.
Nós,da secretaria municipal de cultura e turismo de Presidente Prudente,acreditamos em várias formas de promover cultura,seja na música,dança,cinema,teatro,artes plásticas ou literatura.Formar público talvez seja nosso maior desafio.Na literatura,mesmo sabendo que podemos fazer melhor sempre,temos tido um crescimento considerável quando nos referimos à palavra escrita.Nosso CLIPP,uma forma de antologia poética ou de crônicas comprova o aumento a que nos referimos.Triplicou-se o número de autores inscritos.Outra prova é a realização do 2º Salão do Livro.Sucesso de público,crítica e um evento que nos deu uma enorme satisfação.São ações pequenas mas que tem o objetivo de despertar no indivíduo o prazer da literatura.Mas isso não basta,além de tentar fazer melhor,podemos também fazer mais e fizemos em 2011,nossa maior idealização,a biblioteca móvel,desejo de muitos anos enfim realizado estará aberto à visitação durante o salão do livro.Há muito ainda o que fazer.Queremos fazer.Não para deixar o nome na história como era o pensamento na Grécia antiga,mas para termos uma qualidade de vida que proporcione cultura em todos os níveis,para todas as classes e agora,para todos os bairros.Se queremos deixar algo na história que seja a marca de nossa cidade:”aqui,cultura é coisa séria”José Fábio Sousa Nogueira/Secretário municipal de cultura e turismo.
Tony Caroll.